"De onde você é?"
Ela fechou os olhos molhados de chuva e não respondeu.
O dia estava macio, fresco, aconchegante.
Deixou o celular de lado por medo do que poderia acontecer se desse a resposta.
Parou na lanchonete da esquina.
Tomou um chá gelado, mas mais geladas estavam suas mãos.
O gelo vinha de dentro para fora.
A chuva molhava seus sapatos, enquanto ela decidia para onde ir.
Pegou o ônibus.
Foi para a rodoviária.
Pegou outro ônibus.
"De onde você é?", ele perguntou novamente, agora olhando para seus pés encharcados.
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